SERICORA DA CAATINGA
Pássaro da fauna do sertão, a
caatinga, e que está em extinção, ele também é conhecido como “três potes”,
sericoia e sericora, por conta do seu canto. Estamos falando da saracura. Ela é
bastante conhecida no sertão nordestino, e também é muito comum no estado do
Ceará. A saracura ou “três pontes”, gosta de estar próximo aos açudes dessa
região, principalmente nas áreas de cultivo. Na época de inverno, não é tão
fácil de acha-la nesses mesmos locais, mas na época de secas, ela sempre
aparece a procura de alimentos, a beira desses reservatórios.
Esse pássaro é
muito arredio, e se espanta facilmente. A saracura quando se sente ameaçada,
corre para se esconder no meio da vegetação. Ela é mais escutada do que vista
em certas ocasiões. Gosta de dá o seu
show de canto, no amanhecer e no entardecer do dia. O sertão fica muito mais
bonito com o cantar desse pássaro, ao raiar do dia, pois ele e outros pássaros
da caatinga, bioma nordestino e único no mundo, vira uma sinfonia só.
Os
pássaros da catingueira, são pássaro que tem um significado próprio para o
homem sertanejo, e a saracura do brejo, é um desses pássaros. Pena que o homem
não tenha tanta consciência de preservação, e sim, de destruição do meio
ambiente. A consciência de preservar o meio ambiente, é a certeza de que, no
futuro próximo, a espécie humana possa ter mais qualidade de vida e possa a vir
a ter a consciência de que, tenha vindo a contribuir para a preservação das
espécies.
A saracura mede, entre 33 a 40 centímetros de comprimentos, e pesa
entre 350 e 466 gramas. Sua plumagem é castanha e esverdeada, único membro do
gênero Aramides, com a cabeça e o pescoço de coloração cinza, garganta
esbranquiçada. O seu dorso e asas, são marrons, as pernas e os pés dessa ave,
tem coloração vermelha e íris também vermelha. Vista em locais abertos, parece
com uma galinha, por manter sua cauda levantada entre as asas e pelas típicas
passadas. Cisca igual a galinha, folhas e terra. Levanta a cauda rapidamente,
de vez em quando.
Ela passa o dia escondida e em silêncio. O macho e a fêmea,
cantam em dueto e tem um ditado popular que, essa ave quando canta, é pronuncio
de chuvas. O seu canto, é bastante alto e responde ao canto de outras aves da
catingueira. Se alimenta com o bico capturando insetos, vermes e pequenos
animais invertebrados, após o abate, usa as patas para segurar a presa enquanto
despedaça com o seu bico forte. Formam casais monogâmicos e na época da
reprodução, cantam fazendo duetos. Seus ninhos são feitos com gravetos e galhos
forrado com fezes de gado, barro e folhas secas. São ninhos feitos na copa de
árvores, a fêmea põe dois ovos rosados e incuba de 24 a 30 dias. O casal,
reversa a incubação.