CONSERTANDO AS MALHAS
A pesca artesanal no nordeste
brasileiro está ligado à cultura de subsistência e mercado de trabalho. Essa
atividade em regime de cooperativa se torna muito produtiva e muito
sustentável. Se existe uma coisa que faz parte da cultura ribeirinha ou mesmo
da cultura da pesca no litoral, é a pesca artesanal praticada pelos pescadores
nordestinos. Eles sempre saem para o mar ou nos rios ou mesmo nos grandes
açudes em suas embarcações pequenas, médias e grandes, no intuito de pegar uma
quantidade de peixes para poder sustentar as suas famílias. Com suas redes de
pescas ou mesmo com varas de bambus, anzóis, chumbadas e iscas, eles sempre
estão prontos para enfrentar as dificuldades dessa profissão.
Esse tipo de pesca apresenta
condições limitadas de crescimento no Brasil, pois perde um pouco de espaço na
disputa pelos peixes para a pesca industrial, uma vez que as empresas tem
barcos e equipamentos para capturar os cardumes de peixes. Isso gera conflitos
constantes entre os dois estilos de pesca. Vemos que é desproporcional as
diferenças entre um e outro mesmo sabendo que a pesca artesanal sempre vai
existir.
Sabemos também, que a pesca predatória provoca acentuada diminuição
dos estoques naturais de peixes e crustáceos dentro dos oceanos e até mesmo
dentro de rios, lagos, açudes e lagoas. Por outro lado, o crescimento de
pescados em cativeiro, vem crescendo a cada ano e a tendência é que cresça cada
vez mais. O bom disso tudo é que alivia mais um pouco a pesca artesanal
indiscriminadamente.
Sabemos que a atividade pesqueira
no nordeste brasileiro é de fundamental importância para a economia da região.
A pesca artesanal, quando é comparada aos outros tipos de pesca, é a mais
importante no Brasil, sendo responsável pela maior parte dos pescados
produzidos. Os benefícios que os pescadores tem, são a garantia do direito de exercer a
atividade de pescador, direito aos seguro defeso, direito aos benefícios
previdenciários e direito ao acesso a todas as políticas pública, como crédito
de assistência técnica, infraestrutura e assim por diante, isso graça a Deus e
a um governo que trabalhou em benefício da sociedade brasileira mais pobre.
Esses pescadores contribuem e muito para o crescimento do setor pesqueiro dessa
região. Toneladas e mais toneladas de pescados são industrializados e
comercializados todos os dias dentro do Nordeste brasileiro e exportado para
fora da região. As jangadas, os barcos pesqueiros e os pequenos barcos, são os
símbolos da história de luta e de bravura desses nordestinos lutando pela
sobrevivência dentro do mar ou em rios lagos e açudes.
Geralmente são pessoas
simples e humildes que nasceram vendo os pais pescando e que herdaram essa
profissão. Muito deles erguem as suas redes e tarrafas em baixos de pés de
castanholas, coqueiro ou mesmo framboesa, para esticarem seus instrumentos de
trabalho a fim consertá-los. Entre uma conversa e outra, fumando um cigarro, o
pescador vai traçando uma rede ou tarrafa nova, para poder estica-la dentro do
mar para capturar os pescado do dia a dia. A sobrevivência dessa gente humilde
faz parte da história e da cultura do nordeste brasileiro.