MOVIMENTO SOCIAL
O nordeste brasileiro, antes de
mais nada, é terra de homens e de mulheres fortes, que não tem medo da labuta
do dia a dia. Tudo no nessa terra não caiu de paraquedas, sempre foi através de
muito sacrifícios, de muitas lutas, de muitas batalhas e de muitas guerras.
Essa região que tem o maior número de estados federativos, e que, foi por lá
que começou o descobrimento do Brasil.
O nordestino por si só, é uma dádiva de
Deus, pois são pessoas simples, trabalhadoras, comunicativas e que gostam de
ajudar o próximo. O nordestino antes de mais nada é um forte, sempre está
batalhando pela vida, para terem o seu destaque dentro da nossa sociedade.
Vamos falar aqui, das batalhas e
guerras que já aconteceram no sertão e dentro da região Nordeste do Brasil, são
elas: Guerras dos Potiguares, Quilombos e Guerras dos Palmares, Motim do Nosso
Pai, Revolução de Backman, Guerra dos Mascates, Motins do Maneta, Conjuração
Baiana-Revolução dos Alfaiates, Conspiração dos Suassunas, Revolução Liberal de
1821, Independência da Bahia, Guerra da Independência do Brasil, Guerra de
Canudos, Revolta do Quebra Quilo, Motim da Carne Sem Osso, Sedição de Juazeiro,
Cabanada, Balaiada, e muito mais. Portanto, a história dessa região teve
lágrimas, lutas e sangue.
Talvez seja isso que faz desse lugar, um lugar especial,
de pessoas especiais e que contribui e muito para o progresso do Brasil. Mas
não vou fazer aqui só de guerras e revoluções que aconteceram em solo
nordestino, eu vou falar um pouco de um fenômeno que aconteceu e que ficou
marcado na história cultural deste lugar, o Cangaço que começou no século XlX e
terminou no século XX.
Oriundo do descaso dos
governantes e do monopólio dos coronéis dessa região, os primeiros cangaceiros
eram vaqueiros, lavradores e sertanejos que buscavam ascensão social e, principalmente
“Vingança”. Esse fenômeno nordestino integrado por nômades que usavam de
violência para cometer crimes na região nordestina e andavam equipados com
cangas de madeira e utensílios de aço e cortavam a caatinga, invadindo e
saqueando comércio, trens, fazendas.
Eles não aceitavam se subordinar à
hierarquia do sertão Nordestino. O primeiro cangaceiro era chamado de
“cabeleira”, e diz os historiadores que ele aterrorizada a região do Recife,
isso na metade do século XVlll. Esse movimento revoltista só começou a criar
corpo no começo do século XlX.
Nessa época a região Nordestina passava por um
momento muito difícil, e sem falar que esses homens espalhavam o medo e o
terror por todos os cantos. Na metade do século XVlll, Jesuíno Alves de Melo
Calado, com a alcunha de Jesuíno Brilhante, que também praticou seus atos
criminosos. O termo cangaço, provavelmente tenha vindo de “canga”.
Outros motivos para o aparecimento
desse fenômeno chamado de “Cangaço”, foram as disputas entre as famílias
poderosas dessa região, a falta de perspectivas de ascensão social na região e
a miséria que assolava por falta de investimentos na área social, já naquela
época, ou seja, no século XVlll. Isso foi um dos motivos para que a revolta de
homens sertanejos explodisse dentro da caatinga e fora dela. Os cangaceiros
eram homens que se dedicavam a essa atividade, sempre bem armados, eles
colocavam espingardas e rifles nas costas e cartucheiras transversais.
Eles
traziam a tiracolo ou dependurada no cinturão toda sorte de armas suplementares,
e longos punhais, cartucheiras feitas de couro com bastante munição. Eles
estavam preparados para matar ou morrer, estavam prontos para tudo.